José Raimundo Alves*
*PROFESSOR DE GEOGRAFIA
SEDUC – MA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO MARANHÃO
CE PROF. MARIO MARTINS MEIRELES
São Luis – MA
geografopi@oi.com.br
professorraimundommm@gmail.com
Resumo: Este
texto resulta da leitura de literatura referente sobre a Cartografia Atual e
seus desdobramentos para a sociedade. É resultado também das reflexões do autor
na vivência de docente de Geografia em educação básica. Seu objetivo é sugerir
uma concepção mais dinâmica e simplificada do conhecimento cartográfico. Este
trabalho foi defendido como TCC do curso de Cartografia da plataforma AVANTE.
Palavras Chaves: Conhecimento,
Cartografia, Ensino, Saberes.
Resumen: Este
texto resulta de la lectura de la literatura actual sobre cartografía y sus
consecuencias para la sociedad. También es el resultado de las reflexiones del
autor sobre la experiencia de la enseñanza de la Geografía en la clase de
educación básica. Su objetivo es proponer una concepción más dinámica y
simplificada del conocimiento cartográfico. Este trabajo tambien fue
defendido como TCC en un curso de Cartografía de la plataforma AVANTE.
Palabras Claves: Conocimiento,
Cartografía, Educación, experiencia
Na atualidade
o conhecimento cartográfico está passando por diversas mudanças, seja a
Cartografia prática ou na Cartografia escolar. Nesse contexto surge então o que
chamamos de Cartografia Digital; na qual os dados cartográficos apresentam – se
no formato digital; é uma Cartografia muito mais dinâmica, isto é, sua
atualização é muito mais rápida. Essa Cartografia também é um produto da Revolução
Técnico – Científico – Informacional; ela não determina o fim da Cartografia
Tradicional; pois esta passa a ter um papel de referência primária de pesquisa,
que serão os documentos guardados em museus e arquivos de documentação
histórica.
Quanto à
utilidade diária as pessoas continuam utilizando a Cartografia quando fazem uma
busca de localização em um GPS – Sistema de Posicionamento Global do carro, num
dispositivo móvel como, por exemplo, um tablet ou no Google Earth do
computador, entre outros. Já em relação aos conceitos definidos pela
Cartografia Clássica; eles continuam presentes na Cartografia Digital; quando
usamos uma ampliação (zoom) de imagem cartográfica no tablet; está aplicando –
se uma operação de escala cartográfica ou quando deslocamos uma imagem cartográfica
para cima, para baixo, para direita ou esquerda no Google Earth estamos
utilizando o conceito de Coordenada Geográfica e ao mesmo tempo pode se
utilizar o conceito de fuso horário; nesse caso vale o deslocamento direito –
esquerdo, que equivale ao deslocamento leste – oeste ou vice versa.
A questão da
estrutura atual da Cartografia aparece o Sensoriamento Remoto e o
Geoprocessamento, o primeiro produz imagens através de satélites e algumas
vezes através de radares, o segundo através de programas de computadores faz o
processamento de dados e aplica os mesmos na produção cartográfica, surgindo
então a ortocartografia, que são os mapa e cartas prontos corrigidos os
possíveis erros que estavam presentes no Sensoriamento Remoto antes de aplicar
o Geoprocessamento.
A Cartografia
não dispensa a investiga da Literatura Cartográfica; sendo a partir dela a
busca de muito de seus conceitos tantos interpretativos quantos os de
aplicabilidade.
Os saberes do
aluno relativos a noções socioespaciais podem ser pontos de partida do aluno
dentro do processo de aprendizagem cartográfica. Os saberes do Professor, pois
este tem um saber próprio de si mesmo, que não está presente em nenhum livro ou
academia; sempre que possível deve ser também considerado no processo ensino –
aprendizagem; é uma atividade que pode – se tornar uma experiência muito
produtiva. Talvez, aparecerá alguém que vai contestar que não é científico. É
importante entender que aprendizagem cartográfica é mais importante que a
própria cientificidade cartográfica proposta em uma sala de aula de Educação
Básica. Entretanto o aluno estará a compreender o conhecimento cartográfico.
Caso esse aluno decida ser um profissional do ramo da Cartografia não terá
muita dificuldade em aprender a Cartografia Científica. É importante enfatizar
que esta última veio da anterior.
Conceitos espaciais,
tais como bioma, relevo, hidrografia, ocupação humana; os quais estão presentes
em disciplinas como, por exemplo: Biologia, Economia, Geografia, História e
Sociologia podem auxiliar professores e alunos na produção e compreensão dos
trabalhos cartográficos.
Um
instrumento tecnológico que já é bastante comum em muitas escolas brasileiras;
são os mapas digitais que estão presentes em dispositivos móveis (tablet,
Smartphone, celulares), tem um manuseio muito habitual sobre eles.
Os
professores mais experientes, muitas vezes tendem a praticar um ensino baseado
somente na historicidade cartográfica. Uma maneira muito interessante para sair
desse habitual, é participar de cursos extensivos de capacitação e atualização
voltados para a Cartografia. Vale também curso da área de computação gráfica ou
de projetos; eles também podem fornecer mais conceitos relativos à compreensão
da dinâmica cartográfica; principalmente os que referem – se à Cartografia
Digital.
A utilização
de uma síntese cartográfica nas aulas do Ensino Médio, também pode ser
interessante, desde que seja para preceder debates e trabalhos de pesquisas
através de mapas conceituais. Aqui o uso da internet torna o trabalho ainda
melhor.
Uma
estratégia bem interessante é sugerir aos alunos que utilizem conceitos
geométricos apreendidos nas aulas de matemática; caso o professor de Geografia
tenha alguma dificuldade, ele poderá então fazer uma parceria com o professor
de Matemática; pode – se ainda o mesmo participar de uma oficina de ou de um
minicurso de Geometria básica; lembrando sempre que o professor de Geografia
não deve substituir o professor de Matemática e vice versa. Essa parceria pode
ainda ser somada ao trabalho do professor de Arte.
No Brasil os
conceitos e as definições regionais da Cartografia Escolar geralmente estão
voltados para os grandes centros do espaço brasileiro. O que existe de fato em
relação a todos os municípios brasileiros são as informações oficiais de
órgãos, tais como o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e no âmbito estadual a
SEPLAN – Secretaria de Planejamento. Nesse contexto, uma sugestão é que o
professor ou um grupo de professores transformem esses dados que geralmente são
mais quantitativos em informações educativas; nesse caso vale também a
participação dos professores das mais diversas matérias, como por exemplo:
Filosofia, Arte, Língua Portuguesa e as demais.
Feito o
trabalho; essa produção cartográfica poderá ser publicada através de um livro
ou em página de internet; o blog de internet costuma ser mais rápido e barato.
Quanto ao
ensino de Geografia a Cartografia é um conhecimento independente que ao lado da
Paisagem possibilita grande visibilidade ao espaço geográfico.
A maneira
como a escola brasileira se apresenta, termina sendo uma barreira negativa ao
ensino de Cartografia, pois não tem laboratório de Cartografia com um técnico
cartográfico. Os laboratórios de informáticas seriam uma boa solução inicial a
esse problema; mas o funcionamento deles e a presença permanente do técnico em
informática não existem.
Por fim
retomando os conceitos e definições relativas ao Sensoriamento Remoto e
Geoprocessamento. O primeiro refere – se a uma tecnologia que a partir de
sensores acoplados em satélites artificiais captam imagens terrestres. O
segundo refere – se à utilização de técnicas matemáticas e computacionais para
o tratamento das informações geográficas e por consequência das cartográficas.
O geoprocessamento está aliado a siglas como: SIG – Sistema de Informação
Geográfica, Geoinformática e SBC – Sociedade Brasileira de Computação. Aparecem
ainda os ortofotomapas as ortofotocartas, que são produtos finais do
Geoprocessamento e do Sensoriamento Remoto.
Consideração Final: A solução definitiva aos problemas
presentes na compreensão da Cartografia no momento não existe; talvez nunca haja.
O que existe são estratégias auxiliadoras.
Referências
FARIA,
Caroline. Sensoriamento Remoto. http://www.infoescola.com/cartografia/sensoriamento-remoto/
OLIVEIRA,
Adriano Rodrigo. Geografia e Cartografia Escolar: o que sabem e como ensinam
professoras das séries iniciais do Ensino Fundamental? Revista Educação e
Pesquisa, São Paulo, v. 34, n.3, p.<81- 2008.="" dez.="" o:p="" set="">81->