Por: José Raimundo Alves*
*PROFESSOR DE GEOGRAFIA
SEDUC – MA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO MARANHÃO
CE DR LUIZ SERGIO CABRAL BARRETO
CE PROF. MARIO MARTINS MEIRELES
São Luis – MA
Resumo: Este
texto resulta da leitura de literatura referente sobre a Informática Educativa
e seus desdobramentos para a sociedade. É resultado também das reflexões do
autor na vivência de docente de Geografia em educação básica. Seu objetivo é
sugerir uma concepção mais dinâmica e simplificada das questões relativas á
aplicabilidade da informática na escola.
Este texto foi defendido como TCC do curso Informática
Educativa da plataforma AVANTE.
Palavras Chaves: Conhecimento,
Aprendizagem, Ensino, Informação.
Resumen: Este
texto resulta de la
lectura de la literatura sobre la informática de la educación y sus
consecuencias para la sociedad. Es también el resultado de las reflexiones del
autor sobre la experiencia de la enseñanza de la Geografía en la clase de
educación básica. Su objetivo es proponer una concepción más dinámica y
simplificada de las cuestiones relativas aplicabilidad de la informática en la
escuela.
Este
texto fue defendido como TCC en un curso de Informática Educativa de la
plataforma AVANTE.
Palabras Claves: Conocimiento, Aprendizaje,
Educación, Información.
Atualmente a
educação brasileira passa por um grande desafio. Produzir um ensino de
qualidade com inclusão digital através de uma Informática Educativa – IE. Do
ponto de vista da contemporaneidade, a educação brasileira precisa responder
aos anseios da Revolução Científica e Tecnológica – RCT. Não há como as escolas
negarem a importância do computador na sociedade atual, pois de certa forma já
somos uma sociedade digital, essa tecnologia está presente no nosso dia a dia
no telefone, na televisão, nos tocadores de músicas, nos pontos de atendimento
do comércio e dos bancos.
As escolas do
Brasil; principalmente as públicas, costumam apresentar pelo menos um dos
seguintes problemas de IE, falta de laboratório de informática, falta de
técnicos para manutenção dos equipamentos de informática e falta de treinamento
e formação continuada para o corpo docente, senão muitas vezes apresenta todos
esses problemas ao mesmo tempo.
As primeiras
experiências pedagógicas com o computador começaram na década de 1940 nos
Estados Unidos. No Brasil essas experiências ocorreram nas décadas de 1970 e
1980. Uma base teórica interessante para o uso da IE é o Instrucionismo ou o
Construcionismo; este primeiro, parte do ponto em que o computador já vem com a
situação pedagógica pronta; enquanto o construcionismo que é derivado no
construtivismo, induz o educando a interagir ativamente com o computador ou com
programa em ação.
Mesmo com os
problemas técnicos relatados no inicio desse texto; o uso do computador em sala
de aula pode ajudar ao professor em amenizar os efeitos desses problemas
técnicos como, por exemplo, a falta de laboratórios e dos meios de locomoção
para as aulas de campo na disciplina de Geografia; pois possibilita a simulação
de diversas situações problemas; e no caso da Geografia vem à exibição virtual
de lugares, paisagens e espaços geográfico. Vale ressalta que a IE não é a
solução de todos os problemas técnicos da escola.
O computador
ou o laboratório de informática na escola não deve ser vistos apenas como
mobílias domésticas ou objetos de valorização física da escola; mas como
ferramentas que permitem uma interdisciplinaridade de conteúdos e uma
multidisciplinaridade do trabalho dos professores. Deve ser visto também como
um instrumento facilitador das questões sociais e de cidadania; tanto do aluno
como do professor; fazendo assim uma escola mais dinâmica e eficaz.
A
aprendizagem através de IE deve está relacionada aos aspectos mentais e
celebrais do educando; ela proporciona o aperfeiçoamento dos próprios aspectos
de cognição humana. Geralmente a melhor sistemática de aprendizagem em uma IE
deve ser pautada em uma estrutura flexível. Não se deve apenas adotar uma tecnologia
de IE com modelos externos; é interessante que a própria sociedade brasileira,
incluindo os cientistas, a sociedade em geral; principalmente professores e
alunos produzam essas tecnologias; a participação destes últimos é muito
importante, pois permite a criação técnicas de IE condizente com a realidade
socioeconômica de próprio espaço geográfico e ao mesmo tempo diminuem a
resistência conservadora de alguns professores e presente também muitas vezes
na cultura escolar em nível de algumas gestões as novas tecnologias.
Na prática
pedagógica é bom que o professor compreenda que o computador pode ser uma
ferramenta que auxilia bastante na leitura, pois por si só, ele obriga o aluno
a ler e ter simultaneamente um raciocínio rápido sem ser cansativo. Daí a
necessidade de preparação dos professores para lidarem com os computadores. No
ambiente escolar o professor é quem primeiro deve ter contato com os
computadores.
Todos os
envolvidos no processo educacional devem ter um plano estratégico de desenvolvimento
executor de sua IE para a função, a qual exerce na escola. O poder público e a
sociedade deverá sempre apoiar essas iniciativas.
Uma sugestão
aos professores de Geografia é utilizar programas computacionais voltadas para
as áreas de imagens, gráficos, exposição, vídeos, áudios e internet. Nesta
última pode – se trabalhar com conceitual e hiperlink em substituição a
tradicional atividade da tempestade mental ou fazer uma adaptação desta com uma
busca de conceitos na internet. Começar o trabalho com Cartografia Digital, SIG
– Sistema de Informação Geográfica, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto são
uma boa alternativa. Há ainda a opção de programas expositor de Slides, de
imagens e vídeos para os temas relativos á paisagem geográfica ou aos lugares.
A IE para
educação inclusiva pode ser também uma ferramenta muito útil, pois ela
possibilita diversas interações entre ALUNO – ALUNO, ALUNO – PROFESSOR,
PROFESSOR – PROFESSOR, TODOS – ESCOLA e ESCOLA – SOCIEDADE. Aqui há espaço cognitivo
tanto para o lógico, não lógico e situação problema, assim por diante.
As tentativas
que produzem acertos e erros na IE são estratégias cognitivas valiosas que dão
muita segurança ao educando; um cuidado que, o professor deve tomar é não que
aluno se vicie e não passe para etapas seguintes e avançadas de aprendizagem.
É importante
enfatizar que através da IE é a forma mais barata e mais rápida para
democratizar o conhecimento, nesse contexto diminui muito o monopólio do
conhecimento; todos podem produzi-lo, ter acesso ou compartilhar em qualquer
lugar ou momento; só dependerá da própria habilidade e disponibilidade técnica.
No Brasil
grande de suas escolas no ofertam regularmente os conteúdos das novas
tecnologias em sala de aula; porem na maioria dessas situações pode fazer
alguma coisa; o primeiro passo sugerido é usar recursos de mídias mais simples
e acessíveis tais como aparelhos de DVD/TV/PEN-DRIVE e telefones móveis. Para
as escolas de ensino médio que ainda não tem a prática da cultura de novas
tecnologias em seu cotidiano pode – se realizar eventos relacionados a
tecnologias avançadas, entre eles: palestras, oficinas, feiras e exposições.
Aos demais professores existem os tradutores, os simuladores em diversos
segmentos das outras disciplinas são opções educacionais para os seus
respectivos professores. Outra opção é iniciar um trabalho com quem já tem certa
noção de informática; a escola comece com os professores que entende um pouco
de informática e o professor comece o trabalho com os alunos que também
entendem de computação; deve ser um trabalho estilo cooperação de monitoria ou
de multiplicadores. Essa sugestão também é válida para o corpo técnico
operacional e administrativo da escola. A construção ou elaboração de um
projeto computacional e informacional para ser executado na escola também pode
ser uma boa iniciativa.
Os paradigmas
epistemológicos do conhecimento não ficam de fora da IE, pelo contrário, uns
são criados e outros são quebrados. Assim sendo não há verdade absoluta e os
dogmas também podem passar por determinadas reflexões. A própria IE possui
muitas significações filosóficas e características históricas, pois ela é
resultados de muitos desafios humanos.
Para a escola
que não conseguir implantar a IE; caso ela consiga pelo menos desenvolver a
cultura da tecnologia digital voltada para a educação; as possibilidades em
obter bons resultados educacionais serão bem maiores. Na compreensão de VALENTE
uma boa IE depende de quatro itens: o computador, o programa, o aluno e o
professor; particularmente acrescento ainda: a dedicação do professor, o desejo
de aprender do aluno, e o apoio institucional da escola. Isso tudo junto chama
– se persistência e empenho de todos por uma IE produtiva e autônoma.
Um grupo que
também é muito importante no contexto da escola dentro da IE são os
funcionários do corpo administrativo, operacional e da gestão; quando eles
também estão incluso nos programas das tecnologias modernas; a cultura digital
de toda escola flui com mais rapidez e dinamismo.
Com relação
ao aspecto histórico da IE no Brasil, uma ação governamental foi muito
importante; foi à criação da SEI – Secretaria Especial de Informática, que
associada a algumas universidades fomentaram algumas características nacionais
a IE brasileira. Quanto aos programas de execução de IE, o Brasil já implantou
diversos projetos e programas governamentais voltados para tecnologia de IE.
Atualmente o principal programa governamental na área de IE é o PROINFO
executado pelo MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e auxiliado pelos NTEs – Núcleo de
Tecnologia Educacional dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Considerações Finais: Uma IE não deve ser meramente uma
ação pedagógica; também deve ser uma ação social que vá além da escola; sendo,
também ações promovidas pelos meios produtivos (empresas) e a sociedade em
geral.
A solução
definitiva aos problemas presentes na compreensão da questão da Informática
Educativa no momento não existe; talvez nunca haja. O que existe são
estratégias colaborativas. Assim fica o desafio a todos num sentido de produzir
uma educação de melhor qualidade para que possa modificar a estrutura
socioeconômica do povo brasileiro.
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