domingo, 2 de fevereiro de 2014

UM QUEBRA – CABEÇA SOBRE A HISTÓRIA DA TERRA

Por: José Raimundo Alves*

O nome planeta tem como significado o termo vagabundo; no caso da terra podemos dizer astro que vadia pelo universo isto é, um astro sem rumo. Saturno não é o único planeta que possui anéis. Do ponto de vista geológico a Terra é um planeta bastante turbulento, que indiretamente ela surgiu a mais de 10 bilhões de anos, quando uma nuvem cósmica colidiu com uma estrela. Devemos lembrar que o tempo é linear na dimensão local; enquanto que no universo ele é alinear e, está ligado ao espaço e a velocidade. Com a ajuda de um relógio atômico é possível provar que o tempo é relativo; com isso tecnicamente pode-se viajar no tempo.
O espaço é um conjunto de pontos de orientação e a 15 milhões de anos atrás, o universo começou a sua expansão. Havia uma alta densidade de radiação. O começo do mundo era só luz, a qual virou matéria. O hidrogênio e o Hélio são os primeiros elementos formados no universo.
Existe uma grande distância entre a história humana e a evolução da terra, as estrelas são colapsos de nuvens interestelares, sob o efeito de gravidade. Nesse sentido entra também a fusão nuclear. O sol se autofabrica. A dinâmica do sol é semelhante a uma implosão. Durante as implosões formam – se os elementos mais pesados e que são produzidos nas explosões breves. O sol e todos seus planetas surgiram mais ou menos em mesmo tempo. Ele começou com um casulo de gás e poeira composta por grãos do tamanho de um décimo de um mícron de átomo de carbono, hidrogênio, oxigênio...
A terra não é um fragmento do sol. Ela é oriunda de um elemento chamado deutério; que nesse processo relativamente é um meio frio. Nesse caso os planetas são originados da parte mais externa da nebulosa. Enquanto que o sol é oriundo da parte interna dessa mesma nebulosa. No nascimento do sistema solar os átomos mais pesados que o hidrogênio e hélio constituem apenas 1% de todo seu material. Os átomos são ejetados da explosão das estrelas e depois eles se ligam uns aos outros. No sistema solar todos os planetas e o sol giram em um mesmo sentido de rotação e sua matéria tem uma tendência a reunir – se na forma de disco. Isso torna possível explicar porque o sistema solar tem a forma de disco ou elíptica como também é chamada.
As estrelas muito grandes são muito instáveis. O universo geralmente é composto por três tipos de objetos: os redondos, os achatados e os retorcidos. Os primeiros não sofrem muitas colisões, os segundos estão em colisões ou próximos ao buraco – negro e os últimos já estão no momento pós – colisões.
Apesar de ser achatada, a Terra não apresenta anéis para forma seu disco porque faltou material em seu início; pois é um planeta que se formou também por acumulação de fragmentos. A formação da Terra e do sistema solar é o resultado da contração de uma nebulosa, que ao terminar essa contração o sol tornou – se menos luminoso; porque ocorreu uma grande perda de energia. Paralelo ao resfriamento do sol formou – se pequenos grãos, os quais vão dar origem a objetos de 500 metros a 1km de dimensão; sendo eles os ancestrais dos atuais planetas. Esses objetos evoluem para os chamados planetesimais. A colisão destes últimos vão formar os embriões dos planetas, sendo eles resultados da fragmentação ou aglutinação dos planetesimais. Os embriões dos planetas apresentam um tamanho em torno de 1000 Km. Assim como os outros planetas a terra formou – se de colisões não muito fortes. A terra ainda é bombardeada por colisões. De um disco de gás a forma do planeta atual, com um tempo de 100000 a 200000 anos; sendo que a terra é contemporânea do sol, isto é, ambos têm a mesma idade. Nem todos os discos de nuvens estelares transformaram – se em planetas; alguns estão em forma de detritos ou asteroides e cometas.
Mesmo sendo muito grande, o planeta Júpiter não pode ser considerada uma estrela; pois o total de sua massa é muito pequeno em relação a qualquer estrela. Os cometas são formados muito distantes do sol, são frios e voláteis; enquanto que os asteroides são formados mais próximos do sol, sendo refratários e de tempos em tempos colidem com os planetas.
O formato terrestre (aparência) atual é resultado da formação do núcleo e da estrutura de camadas, tais como o manto e a litosfera e a atmosfera. A 600 milhões de anos novamente a Terra passa por profundas mudanças, o céu ficou azul, os oceanos tornou – se azul esverdeado, a lua e as estavam visíveis a olho desarmado. Era o fim do éon Pré – Cambriano e o início do éon denominado de Fanerozoico, o qual é subdividido em eras chamadas de: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Já o calor da terra não está relacionado ao calor do sol; pois esse calor é oriundo das colisões, contrações e de sua radioatividade. Em um longuíssimo prazo a terra poderá resfriar – se, pois ela continua a perder energia. Em sua fusão; os elementos mais pesados; tais como o ferro e o níquel vão para o interior do planeta e os elementos mais leves como o alumínio e o silício que forma a crosta terrestre. A composição terrestre apresentam seguintes componentes:

Elementos
Percentual
Ferro
Oxigênio
Silício
Magnésio
Outros
35%
30%
15%
13%
7%

O núcleo da terra é inacessível; nele há uma alta temperatura e uma grande pressão. Por exemplo, um neutrino gasta oito milhões de anos para deslocar – se do centro ao exterior da terra. Enquanto isso, da superfície terrestre ao sol o neutrinos só gasta oito minutos. É também no núcleo da que é originado o magnetismo; porem a polarização magnética ocorre nos extremos da rotação do planeta; o ferro é o principal material responsável por esse magnetismo; bem como ação energética do próprio núcleo; essa explicação é bastante simples; quando compara – se a Terra a um dínamo.
O manto é uma camada da Terra, que num mecanismo semelhante a uma convecção renova constantemente a crosta terrestre; e num passado geológico esse foi muito mais intenso; ele é uma camada intermediária pastosa entre o núcleo e a crosta terrestre; a sua temperatura está em torno de 5000°C e uma profundidade média de 2900 Km. O manto é também responsável pela formação do vulcanismo, de grande parte dos fenômenos geomorfológicos continentais e das dorsais oceânicas. Ao passo que se aproxima da crosta, a fusão do magma é maior, porque apesar da diminuição da temperatura, ocorre também à diminuição da pressão tanto à atmosférica, quanto a pressão da gravitacional terrestre.
A crosta terrestre; no caso a formação dos continentes deu – se através da emersão do magma sobre os oceanos e do resfriamento dessa lava, que é o magma fora do manto; inicialmente formou – se as ilhas dispersas por todo globo terrestre; elas imergiam no magma outras vezes, chocavam – se umas com as outras e posteriormente formaram os continentes. Estes, em seu início tinha em média uma espessura litosférica de 10 Km e eram em torno de 200 placas tectônicas (continentes); atualmente existem 12 grandes placas tectônicas com uma espessura litosférica de aproximadamente 150km. Enquanto que acontecia o resfriamento da parte interna da Terra; o resfriamento de sua parte externa passa a depender das características atmosféricas; principalmente da quantidade de metano e do gás carbônico; pois estes gases são responsáveis pelo efeito estufa; o qual deu a possibilidade para o surgimento das condições necessárias à vida complexa na Terra.
Mesmo sólida, a crosta terrestre flutua sobre o manto devido a sua espessura; é muito fina em relação a todas as camadas internas da Terra; como também a composição geológica; pois são compostas por materiais bem mais leves que os materiais do manto e do núcleo. Nas primeiras eras formaram – se continentes incandescentes e oceanos ardentes; são os fenômenos furiosos de formação da Terra. Na sua origem a terra não tinha atmosfera; a camada atmosférica terrestre formou – se a partir da desgaseificação através das rochas, da crosta terrestre e o vulcanismo. Por isso a atmosfera terrestre é chamada de camada secundária. Quanto à água; esta pode ter vindo através da desgaseificação do planeta e dos cometas de gelos que passaram pela atmosfera terrestre.
Abordando a questão dos continentes terrestres, estes passaram por um momento evolutivo em que existia apenas um único continente que foi denominado de Pangeia, e por força do magma e um fenômeno chamado de Deriva Continental, ocorreu à fragmentação do Pangeia; quanto à Deriva Continental. Entende – se como o movimento magmático que dar origem a placa tectônica; ela fornece explicação como os continentes estão se afastando ou aproximando – se; bem como a formação do assoalho oceânico e os movimentam, um empurrando o outro e ao mesmo tempo fazendo um movimento de renovação geológica, onde de um lado da placa tectônica ocorre uma abducção (levantamento) e do outro lado dessa mesma placa acontece a subducção (afundamento) tectônica e as primeiras colisões continentais ocorreram a aproximadamente 300 milhões de anos. Os oceanos também são contribuintes para os deslocamentos dos continentes, abrem e fecham entre – si, isto é, quando aumenta de tamanho, outro diminui. Os oceanos atuais são bem mais jovens que os continentes; ante deles já existiram outros oceanos; o Pacifico é o mais antigo deles tem aproximadamente 200 milhões de anos.  É importante enfatizar que os atuais continentes não passam de pedaços da pangeia; e quando existia a pangeia só existia um único oceano, que era chamado de Pantalassa e o mar de Tétis, que ficava em um golfo, que posteriormente separava o supercontinente Laurásia do outro supercontinente Gondwana. E logo após a formação da litosfera e dos continentes terrestres; tem a formação das bacias sedimentares e a formação de três substâncias energéticas importantes para o a sociedade atual; que o carvão mineral, o gás natural e o petróleo. O primeiro se forma em função do soterramento um pouco lento de grandes florestas, principalmente no período carbonífero na era paleozoica e em alguns casos no período jurássico; já na era mesozoica. O segundo tem um processo semelhante à formação do carvão mineral; só de maneira rápida. E o terceiro ocorre em função da deposição de restos faunísticos (animais), principalmente de plânctons no fundo de lagos, mares e oceanos. Este último tem sua formação datada do período cretáceo na era mesozoica.
Existem definições diferentes para os mares; para os geógrafos, o mar é extensão aquática menor e com menos salinidade que os oceanos. Para os geólogos, corresponde a uma extensão aquática que deve sobrepor à crosta (composição de silício e magnésio = SIMA) oceânica. Assim os mares são mais antigos que os oceanos; geralmente eles desaparecem ou transformam – se em oceanos. Os oceanos são dinâmicos; de acordo com os movimentos tectônicos, eles estão em constantes expansões ou estão diminuindo de tamanho. Os lagos atuais indicam que já foram cobertos por geleiras se derretimento ocorreu a aproximadamente há 15000 anos. A salinidade dos mares isolados que nunca tiveram contatos com os oceanos vem da dissolução das rochas. Tantas as áreas de intensas atividades vulcânicas quanto as inundáveis são humanamente atraentes, pois oferece solos mais férteis as atividades agrícolas.
            As eras e os períodos geológicos mais antigos são mais longos porque a ciência tem muita dificuldades para encontrar fatos evolutivos que permitem dividir as eras em espaço de tempo menor; só a era Cenozoica apresenta mais informações; pois elas são mais recentes.
No final do período Permiano a Terra foi afetado intensas atividades vulcânicas, as quais provocaram uma redução drástica da vida na Terra, onde, esses vulcões emitiram uma grande quantidade de cinzas e gases nocivos aos seres vivos, e por consequência eles impediam a entrada de raios solares importantes para a vida na Terra e até mesmo provocando uma alta queda de temperatura atmosférica terrestre; marcando, portanto o fim da era Paleozóica. Iniciando assim a era Mesozóica com seus três períodos: Triásico, Jurássico e o Cretáceo; é nessa era que aparece os grandes répteis chamados dinossauros. Foi na era Mesozoica que a Pangeia se dividiu em dois supercontinentes: Laurásia e Gondwana. A era Mesozoica foi também marcada pelo surgimento dos dinossauros; é nessa mesma era que ocorre a sua extinção. Há evidências que vários fatores tenha contribuído para essa extinção, porem dois deles são marcantes: a grande quantidade de erupções vulcânicas e principalmente a queda de meteoritos; estes considerados fatores primários, que contribuíram para a mudança ambiental e a ausência de alimentos e oxigênios para os dinossauros. As evidencias desses meteoritos foram os achados de irídio, metal raro na Terra; mas abundantes em asteroides e também de fragmentos de quartzos que violentamente choques com materiais provenientes de meteoritos. As consequências desses fenômenos duraram por umas dezenas de milhares de anos; sendo esse momento comparado a uma noite de 10000 anos. É, portanto o fim da predominância dos dinossauros e da era secundária (Mesozoica); e a partir vem o surgimento dos mamíferos numa era terciária chamada de Cenozoica, a qual é subdividida em dois períodos: o Terciário e Quaternário este último muito curto, e que tanto a era cenozoica e período quaternário ainda estão em curso. Do ponto de vista geológico o período terciário também está em curso.
Quanto às evidências da relação continente – clima – período/era – localização; pode haver certo descompasso, pois os continentes sempre estiveram em constantes movimentos; isso significa que uma unidade geológica atualmente situada em uma região tropical, pode ter de uma região polar e vice – versa. Existe ainda a questão dos movimentos epirogenéticos (soerguimento ou abaixamento de blocos) e orogenéticos (choques e afastamento de blocos).
As montanhas são fenômenos geomorfológicos formados a partir de colisões de unidades geológicas. A cordilheira dos Andes é um bom exemplo de formação montanhosa a partir de colisões; ela é formada a partir da colisão da placa tectônica sul-africana com a placa de nazca. Sua relação de altitude relativa; a que é medida a partir da base ao topo (cume), com a profundidade é de 1/7, isto é, a cada 100m de elevação, corresponde a 700m de profundidade. Geralmente as montanhas não passam de 9000m de altitude; porque as próprias ações naturais não permitem, principalmente as ações erosivas. O centro de uma grande montanha tende a ser estável, pois o seu crescimento e os fenômenos tectônicos deslocam – se para os arredores dessa montanha. Quando uma montanha coberta por uma espessa camada glacial sofre um aquecimento, acontece um soerguimento da unidade geológica, isso porque ela perde peso e a densidade diminui em relação ao magma. Os Alpes atuais não foram habitados pelos dinossauros; os Alpes formaram bem depois da extinção dos dinossauros. Quanto ao desaparecimento do mediterrâneo, há incertezas; é uma de diversas placas tectônicas; grandes e pequenas. O Himalaia é resultado do choque da placa indiana com a euro asiática e apresenta uma idade de aproximadamente de 55 milhões de anos; essas evidências não observadas somente em fósseis; mas também em materiais inorgânicos, como por exemplo, o calcário. É uma unidade geológica que já foi mais elevada; que continua rebaixando – se através dos fenômenos geomorfológicos. A placa indiana encolhe a uma média de 2cm por ano e o continente australiano poderá unir – se ao continente eurasiático ou mesmo desaparece sob o Himalaia. No caso da América do Sul existem evidências que grande parte da placa tectônica de nazca; principalmente a continental, esteja sob ou unida à cordilheira dos Andes.
Vale ressaltar que as bordas de placas tectônicas formam cadeias montanhosas, pois na ausência delas aparecem as fossas de afastamento dessas placas. Em relação às laterais das placas, não há choques tectônicos; mas há movimentos de deslocamentos para outras direções ou sentidos oposto; nessas laterais ocorrem os terremotos. Os locais desses movimentos são denominados de falhas geológicas. Elas podem ser continentais ou submarinas. Quanto às frequências e as previsões dos terremotos o homem ainda não conseguiu desenvolver nenhum sistema de análise que seja totalmente confiável para prever o momento que vai acontecer um terremoto. A medição da intensidade da magnitude de um terremoto é feita através de escalas. A mais conhecida delas é a escala Richter, que apresenta uma graduação que vai de zero a nove. As magnitudes até três são imperceptíveis aos sentidos humanos. Não se tem o conhecimento total de todas as falhas geológicas do mundo; situação que reduziria muitos prejuízos humanos. As placas frias deslocam – se mais rápidas que as placas quentes; as primeiras estão em movimentos descendentes rumo ao interior da Terra; as últimas estão em movimentos ascendentes rumo ao exterior do planeta, é o processo de formação e renovação das rochas. A água não interfere tanto na dinâmica das placas; ela contribui mais para o resfriamento das placas tectônicas. As “gargantas” (cânions) geomorfológicas são formadas em estruturas geológicas que soergueram e com isso a força da água dos rios desloca as rochas de seu curso.
            Por ser perto do sol, o planeta terra não conservou os gases primitivo do hidrogênio e do hélio. A terra possui pouco hidrogênio livre; a maior parte desse elemento está presente nas moléculas de substâncias; como a água (H2O) ou do metano (CH4). Durante a sua evolução a atmosfera terrestre poderá modificar-se e a exemplo de marte; um dia a terra poderá perder sua camada atmosférica. O cálcio é uma substância importante para a absorção de parte do carbono da atmosfera; contribuindo então para o equilíbrio térmico da atmosfera. Os recifes são bons exemplos dessa absorção do carbono, pois eles formam rochas do tipo carbonatos; constituindo a evidencia que onde existir grande quantidade de carbonatos, em um determinado momento evolutivo foi coberto por mares ou por oceanos. É incorreto afirmar que as florestas equatoriais são os pulmões do mundo. Os planctos apresenta uma contribuição muito maior no processo de renovação da atmosfera terrestre.
A terra já foi em diversos momentos uma “bola de neve”, isto é, foi coberta de gelo; são as chamada glaciações; elas aconteceram em ciclo glaciais que vão de intervalos de 10000 a 400000 anos. Entre as causas dessas glaciações estão: o movimento de rotação da terra; mais rápido ou mais lento; a órbita terrestre; mais próximo ou mais distantes do sol, ou a própria inclinação do eixo de rotação terrestre. Ciclo glaciais maiores e mais a vida na Terra chega a desaparecer. Atualmente estamos num ciclo interglacial de 30000, dos quais já passamos por 12 anos, faltam 18000; mas essa previsão é baseada na lógica natural do planeta e não nas ações do homem. A terra é um “corpo vivo” que constantemente perde e recebe material. No seu início o seu movimento de rotação era em torno de 10 horas, pois era um movimento mais rápido do o atual.
A lua, satélite natural terrestre, assim como o sol também é contemporânea do planeta terra; sendo formada perto da terra, porém não é um pedaço da terra; talvez ela tenha originada a partir dos planetesimais. Tanto a lua como a terra há uma relação mútua de influência; a lua influencia no controle do movimento de rotação terrestre e ao mesmo tempo ambas se deformam. Quanto ao tamanho do movimento de rotação lunar; é de aproximadamente 28 dias o mesmo período de translação lunar; por isso em um determinado ponto da terra tem sempre a mesma visão da lua. Com relação aos efeitos das marés; eles tanto podem ser provocados pela lua; quanto pelo sol. A lua recebe mais ação gravitacional do sol que da terra; mas como o sol também exerce força sobre a terra, acaba ocorrendo um equilíbrio ou mesmo uma neutralização de forças e assim a lua permanece um satélite natural da terra; há evidencias que um dia um dia a lua poderá separar definitivamente da terra. O movimento de translação lunar tenderá ser maior que os atuais 28 dias. E não eclipse solar total; pois a lua é muito menor que o sol e a terra. As principais forças que agem sobre a terra são: as interações fortes e fracas; eletromagnéticas e gravitacionais. As forças externas (outros astros) ao planeta tem pouca ação sobre a terra; porém não pode – se desmerecer a importância histórica de todos os astros visíveis para a humanidade e própria compreensão do planeta.
A visão espacial (céu) em cada planeta e bastante diferente e a maioria dos planetas possui uma camada gasosa e magnética denominada de magnosfera com a função de conservar a dinâmica interna da atmosfera de cada planeta; essa proteção geralmente é maior nas áreas tropicais dos respectivos planetas e consequentemente menos intensa em seus polos.
A existência de vida em Marte no passado dependerá da confirmação de existência de fósseis; é um planeta que possui uma estrutura de massa muito instável; pois os átomos evaporam constantemente. Já na Terra, é possível que a primeira forma de vida tenha vindo da “sopa química”, a qual apresenta às substâncias necessárias a vida. Essas evidencias se dão através da existência de seres vivos que habitam as zonas mais profundas dos oceanos e que são seres que nutrem – se da energia oriunda do interior da Terra e da solução sulfurosa presente nas ações do manto terrestre; sendo que esses seres suportam altas temperaturas. A 3,5 bilhões de anos pelo menos as algas azuis já existiam. O magnésio e o ferro são dois elementos químicos importantes para a vida na Terra; o primeiro para a produção de clorofila no vegetais; o segundo para a hemoglobina nos animais. Mas a grande explosão de vida na Terra se deu a aproximadamente 600 milhões de anos atrás, final da era Pré – Cambriana e o início da era Fanerozoica; é o surgimento dos seres de estrutura biológica complexa.  O primeiro período da era Fanerozoica; como também da era Paleozoica é denominada de Período Cambriano, o qual durou aproximadamente 300 milhões de anos.
            No primeiro bilhão de anos do surgimento do sistema solar a terra sofreu tanto impactos de meteoritos que até hoje existem as marcas na superfície terrestre e na superfície lunar.
            As galáxias Via láctea e Andrômeda se fundirão; estrelas desaparecerão e novas estrelas surgirão no universo.
A aventura humana na Terra; onde o homem é um grande transformador ambiental, inicialmente com as atividades primárias através do extrativismo, da agricultura e da pecuária; posteriormente veio a urbanização, sendo este último causador dos maiores impactos sobre os recursos naturais, pois a urbanização incluiu o consumismo; que é um fator devastador para os recursos natura is. O desaparecimento de espécies vivas e o surgimento de novas são fenômenos normais na dinâmica evolutiva do planeta Terra. O que marca negativamente nessa situação é o aceleramento da extinção de muitas espécies num período muito curto e que são causados por atividades humanas.
A água é um dos recursos naturais que mais tem sentido os efeitos impactantes das atividades socioeconômicas, seja a superficial, a subterrânea, a marítima e/ou oceânica. Sabe – se que os rios e lagos são extremamente frágeis perante a ação do homem; os oceanos e mares são mais resistentes; mesmo assim eles já apresentam diversos problemas ambientais, como por exemplo, a redução de sua capacidade pesqueira.
            Devido à super exploração, os níveis aquáticos dos lençóis freáticos estão baixando; a causa desse exaurimento é devido à explosão demográfica ocorrida no século XX.
Os problemas ambientais sobre os lençóis aquáticos subterrâneos também são questões importantes a serem analisadas; pois neles a água leva mais de 1000 anos para passar, isto é, completar seu ciclo de renovação.
A agricultura é a atividade econômica que mais consome água; nesse caso a produção agrícola significa agregar valor econômico á água; fato que torna a água um motivo de disputa geopolítica e de mercado.  Do séc. XIX até o momento atual essa atividade econômica aumentou muito a sua capacidade de produção; porem há indícios que biologicamente ela já não apresenta perspectiva de mais produção, principalmente a agricultura de ponta. Tudo indica que absolutamente ainda não faltará água no planeta; mesmo porque o problema da água está, mas relacionado à sua distribuição sobre o globo terrestre, mas poderá ocorrer uma redução de gás oxigênio, pois a queima de carbonetos retira esse gás transformando – o em gás carbônico. A grande emissão desse último intensificará o efeito estufa, que consequentemente o derretimento das geleiras acarretando então graves consequências socioeconômicas para grande parte do mundo; como por exemplo, a população asiática, as populações litorâneas e os povos andinos. 
Quanto às florestas contemporâneas; estas são importantes no controle das inundações e na retirada de carbono da atmosfera; contribuindo conjuntamente com as algas marinhas para a renovação atmosférica.
Grandes mudanças na dinâmica natural na Terra; nem apontam possibilidades de reversão. Entretanto se o homem já causou muitos danos à natureza, talvez, mas do que deveria. Já surgem algumas esperançosas para uma reconciliação ambiental, principalmente aquelas relacionadas às reflexões e debates em diversos níveis mundiais.

* Professor de Geografia da Rede de Ensino do Estado do Maranhão.

BIBLIOGRAFIA

BRAHIC, André. A Mais Bela História da Terra: As Origens de Nosso Planeta e os Destinos do Homem. André Brahic, Paul Tapponnier, Lester R. Brow, Jacques Girardon; tradução de Caio Meira. - Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.

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